A psicanalista Ângela Mathylde lembra que a criança não pode se tornar dependente do meio virtual, pois precisa das atividades ao ar livre. "Quando a família se torna a rede social, com o rito da mesa, da conversa, do passeio, a criança não vai querer entrar só na Internet", opina.
O comerciante Wesley Vinícius da Silveira, 36, acredita que é importante para o filho Pedro Henrique, 9, estar na web. Porém, o tempo é gerenciado. "Tem a hora de estudar, de brincar de bola, ir na casa do colega", fala. Pedro, por sua vez, respeita. "Separo horas para meu dever de casa e vou pra Internet. Meus pais falam que só posso adicionar quem conheço, familiares e amigos da escola", diz.
"Professor". Por outro lado, o fato de Pedro Henrique estar na web contribui com o próprio pai. "Ele me ensina coisas sobre Orkut e é até um professor pra mim sobre Internet", conta Wesley, que acompanha o histórico registrado no computador e confia nas ações online do filho.
O especialista em marketing e comunicação Bira Miranda levanta que um dos pontos altos da criança na rede é a capacidade de gerenciamento de múltiplas funções. "Ela escreve e-mail, enquanto está em um jogo do Facebook. Assiste vídeos, escuta música. Quem não alterna níveis de raciocínio está morto. O mundo vai exigir isso das crianças mais cedo ou mais tarde", opina.
Com a ampliação constante do uso dos sites de relacionamento, ele considera que existe a
tendência de os mecanismos de segurança serem aumentados, mas é preciso atenção dos adultos. "Nenhuma segurança é maior do que a presença dos pais", diz.
Na opinião da psicóloga Nádia Laguárdia de Lima, é importante o diálogo constante entre responsáveis e filhos. "Não temos como evitar o uso dos recursos tecnológicos. Educar as crianças para que saibam usá-los com responsabilidade deve ser uma tarefa dos pais e dos educadores", orienta. (AJ)
Fonte: Portal O Tempo
Postado por: Gracielle Torres